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Taylor Barnard é contratado pela McLaren para a temporada 11 da Fórmula E

Foto do escritor: Sonia CurySonia Cury

Barnard sobre a oportunidade na Fórmula E: "Não precisei pensar muito, porque eu queria estar aqui."



A McLaren escolheu o jovem piloto da Fórmula 2, Taylor Barnard, para substituir Jake Hughes, que a partir da próxima temporada vai correr pela Maserati MSG Racing. Ele se tornou a principal escolha para a equipe papaya após apresentar um bom desempenho em corridas oficiais.


Barnard, que atuou como reserva da McLaren ao longo da temporada, teve a chance de assumir a titularidade por três etapas substituindo Sam Bird, que quebrou a mão durante uma sessão de treino livre no E-Prix de Mônaco. Com isso, Taylor Barnard fez a sua estreia oficial na Fórmula E, sendo o piloto mais jovem a competir na categoria com apenas 19 anos.


Em Mônaco, ele largou do fundo do grid e subiu oito posições para ficar em 14º lugar. Na rodada dupla em Berlim ele marcou pontos nas duas corridas, ficando em 10º lugar e 8º lugar, respectivamente, fazendo história mais uma vez ao se tornar o piloto mais jovem da história a pontuar na Fórmula E.


As conversas com a McLaren começaram a acontecer em junho, quando a situação com Hughes já estava praticamente definida. Os termos de contrato foram ser definidos em julho e no final do mesmo mês tudo já estava alinhado para que Taylor deixasse a Fórmula 2 para trás e desse um passo na direção de se tornar um piloto profissional que vai correr ao lado de nomes consolidados no automobilismo e não somente com futuras promessas.


"Desde o momento em que me tornei reserva todos sempre me incentivaram. Mesmo nos fins de semana de corrida que eu não podia estar presente, a equipe sempre foi positiva. Não foi realmente uma decisão sobre a qual precisei pensar muito, porque simplesmente parece certo para mim estar aqui. Eu estava esperando e querendo que uma oportunidade para mim surgisse, então, quando aconteceu eu simplesmente agarrei com as duas mãos", disse Barnard.


Apostar em um piloto jovem é sempre um risco que precisa ser assumido, afinal, esses pilotos precisam de oportunidade para poder evoluir. Obviamente, que ao fazer esses riscos a equipe tem que ser mais criteriosa em cima de quem vão estar apostando as suas fichas e a experiência de Barnard no kart pode ter sido um dos pontos cruciais para essa chance.


Há apenas 4 anos, Taylor estava competindo no kart e chegou a ficar em segundo lugar no CIK-FIA Karting European Championship (Campeonato de Kart Europeu da FIA), ficando atrás por apenas dois pontos de Andrea Kimi Antonelli, a jovem promessa que tem grandes chances de ser o novo piloto da Mercedes na Fórmula 1 em 2025.


Barnard no E-Prix de Mônaco (foto: McLaren FE)

Vale destacar que antes disso, ele conquistou títulos no kart em diversas competições pela Rosberg Racing Academy, criada pelo campeão da Fórmula 1, Nico Rosberg.


Toda essa competência no kart, pode ter ajudado na sua leitura de corrida no E-Prix de Berlim para poder ultrapassar pilotos bem mais experientes do que ele na Fórmula E.

"Eu só precisava de mais tempo para aperfeiçoar o gerenciamento de energia. Não sei se o fato de ser mais jovem e ter estado no kart há pouco tempo contribuiu, mas quando entrei (na pista) eu entendi aos poucos que tinha que cronometrar as minhas ultrapassagens e quando era a hora certa de acelerar para isso. Na Fórmula E, eu sinto que posso me dedicar a aprender outras áreas do ofício para competir e não só contar com a minha habilidade de corrida", disse.


Dar chance para novos talentos também renova a base de fãs, além de sinalizar para esses pilotos que existem outros caminhos além da Fórmula 1 e que eles precisam mais do que nunca estarem abertos para novas possibilidades. São poucos que chegam na F1 e se o piloto não tem isso em mente, pode acabar ficando sem espaço para competir e uma carreira inteira pode ser encerrada antes mesmo de desabrochar.


Nas palavras do CEO da categoria elétrica, Jeff Dodds, o foco é "oferecer mais oportunidades para novos talentos", apresentando mais um caminho possível para construir uma carreira sólida, que como consequência abrirá portas para desafios em outras categorias, uma vez que grande parte do grid da Fórmula E também atua em outros campeonatos, assim como são pilotos de fábrica e teste das principais equipes corrida do mundo ajudando no desenvolvimento dos carros de diversas categorias do automobilismo.


"O que é realmente importante para mim é oferecer mais oportunidades para as pessoas mostrarem do que são capazes de fazer dentro de um carro. Faremos o que pudermos para encorajar as equipes a dar chance para que esses pilotos mostrem o que podem fazer e sejam vistos. Já o que eles (pilotos) vão fazer com essa chance vai de cada um. No final, essa decisão é deles", disse Dodds.

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