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Foto do escritorSonia Cury

Mitch Evans larga em último e vence o E-Prix de São Paulo

Corrida no Sambódromo do Anhembi teve carro novo, 111 ultrapassagens, 5 líderes diferentes, acidente com Pascal Wehrlein e Mitch Evans batendo recorde



No sábado, 7 de dezembro, São Paulo recebeu a Fórmula E para a corrida de abertura da 11ª temporada. O Sambódromo do Anhembi foi tomado por um público de 21 mil pessoas que prestigiaram o evento, que contou com cinco pilotos diferentes na liderança e 111 ultrapassagens na estreia do Gen3 Evo da Fórmula E. Mitch Evans, piloto da Jaguar TCS Racing, foi quem melhor superou o caos e aproveitou as oportunidades para vencer a prova.


Nenhum piloto havia vencido uma corrida de Fórmula E nas 10 temporadas anteriores partindo de uma posição abaixo à décimo quinto no grid de largada, mas Mitch Evans fez história ao se tornar o primeiro piloto da categoria que largou da última posição - devido a um problema nos freios durante a classificação - e chegou até o P1 para conquistar a vitória.


Após um pequeno atraso na largada devido a problemas com o carro de Robin Frijns, que não ligou e teve que ser retirado de pista quando já estava posicionado no grid de largada, os carros finalmente aceleraram diante dos gritos de empolgação do público presente.


Oliver Rowland assumiu a liderança na curva 1 em cima do pole position e atual campeão Pascal Wehrlein. O pelotão tinha três carros enfileirados na chicane e o maior beneficiado na primeira volta parecia ser Mitch Evans, que subiu sete posições de P22 para P15.


Na volta 3, Jake Hughes e Nico Mueller sofreram um incidente de corrida, quando na saída das curvas 5 e 6, David Beckmann deu um toque em ambos, fazendo com que fossem ao muro. Um safety car teve que ser acionado para que ambos os carros fossem retirados da pista.


Na volta 7, alguns pilotos decidiram ativar o Modo Ataque, passando pela zona de ativação de 50kW extra e também desbloqueando a tração nas quatro rodas - novidade no Gen3 Evo -, que durante a corrida só pode ser usado em situações de Modo Ataque ativado.


Por conta da potência adicional, Cassidy arrancou para o topo, deixando Oliver Rowland para trás com uma vantagem de 1 segundo. Wehrlein caiu para quinto lugar, enquanto Vandoorne e Guenther deixaram diversos carros para trás para entrar no top 5.


Com o Gen3 Evo, os pilotos conseguiram diminuir em 3 segundos o tempo

de volta no traçado de São Paulo (Foto: Andrew Ferraro/FormulaE)


Na volta 17, os carros da Jaguar se encontravam em uma posição muito melhor, com Cassidy em segundo e Evans surpreendendo a todos por estar em terceiro após uma escalada de pelotão sensacional, onde conseguiu fugir de todos os atritos que estavam acontecendo dentro de pista.


Algumas voltas depois, Jake Dennis teve que abandonar a corrida após um problema técnico em seu carro. Por esse motivo, a bandeira vermelha foi acionada e os carros voltaram para os boxes até que o veículo fosse retirado.


No volta 30, após Oliver Rowland ser punido com um drive-through, Nick Cassidy assumiu o P1 e Mitch Evans ficou com a segunda posição até deixar o seu companheiro de equipe para trás na curva 1. Na volta seguinte, Da Costa chegou para atrapalhar a Jaguar, ultrapassando Cassidy fazendo com o neozelandês tivesse que lidar com Pascal Wehrlein.


Ambos começaram a disputar posição e na saída da curva 2, Nick limitou o espaço de Pascal em uma tentativa de ultrapassá-lo, mas isso acabou gerando um toque perigoso, que impulsionou o carro do piloto da Porsche contra o muro, fazendo o carro capotar a sair deslizando com o halo em contato com a pista. A forte batida gerou uma nova bandeira vermelha faltando seis voltas para o término da prova.


A relargada foi boa para a dupla da McLaren. Após sofrerem com algumas situações de corrida que os fizeram ir para trás no grid, ambos conseguiram se recuperar e mantiveram-se próximos das primeiras posições.


Ian James, Sam Bird e Taylor Barnard no pit lane celebrando

o pódio conquistado por Taylor (Foto: Simon Galloway)


Enquanto Evans e Da Costa brigavam pela vitória, Taylor Barnard se viu em P3 e contou com o apoio de Sam Bird, que estava em P4, para proteger a sua posição. O gerenciamento de energia do jovem piloto da McLaren chamou a atenção, porque nas voltas finais ele tinha 4% de bateria a mais que os outros competidores. Com o P3, Barnard se tornou o piloto mais jovem a conquistar um pódio na Fórmula E.


António Félix da Costa seguiu de olho em Mitch Evans e tentou atacá-lo algumas vezes para assumir a liderança, mas o piloto da Jaguar soube se defender muito bem das investidas do adversário e cruzou a linha de chegada em primeiro, selando assim a primeira vitória da Jaguar na 11ª temporada da Fórmula E, confirmando a premissa de que a equipe costuma se dar bem no Brasil já que sempre conseguiu pódios em São Paulo.


Pascal Wehrlein foi levado para o hospital para um check-up após o seu acidente no E-Prix de São Paulo. Por mais que no momento do ocorrido ele tenha respondido no rádio que estava bem e saiu andando do carro, a FIA tem por protocolo que o piloto passe por uma avaliação médica mais minuciosa após acidentes dessa magnitude. Wehrlein foi levado de ambulância para o hospital e retornou ao hotel onde estava hospedado com o restante da equipe por volta das oito da noite do mesmo dia.


Após a primeira etapa, Mitch Evans lidera o campeonato de pilotos, McLaren o campeonato por equipes e a Jaguar o campeonato de fabricantes.


A Fórmula E faz uma pausa para as festas de final de ano e retonar no dia 11 de janeiro para o E-Prix do México.



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