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E-Prix de Jeddah: Guenther e Rowland no alto do pódio; Barnard em destaque

Foto do escritor: Sonia CurySonia Cury

Com estreia da recarga rápida - marcando o retorno do pit stop na Fórmula E - Max Guenther e Oliver Rowland dominam final de semana e Taylor Barnard segue quebrando recordes



Nos dias 14 e 15 de fevereiro aconteceu a rodada dupla do E-Prix de Jeddah, válido pela rodada 3 e 4 do campeonato da Fórmula E. Além da novidade na mudança do local da corrida na Arábia Saudita, o evento marcou a estreia oficial do pit boost, parada para a recarga rápida dos carros, o que trouxe de volta o pit stop algo que não acontecia desde o Gen 1.


Na corrida de sexta, Maximilian Guenther venceu pela DS Penske, marcando a sua primeira vitória em seu novo time. No sábado, a vitória ficou para Oliver Rowland, que desde o ano passado vem trazendo grandes conquistas para a Nissan.


Equipes como Porsche, McLaren, Maserati e Mahindra também mostraram um bom desempenho com destaque para Taylor Barnard, que foi para o pódio nos dois dias e vem batendo recordes em seu ano de estreia como titular. Por outro lado, Jaguar e Andretti vem enfrentando problemas para ter uma boa performance e apesar de terem conseguido alguns pontos, muita coisa precisa ser ajustada.



COMO FOI A RODADA 3


Maximilian Guenther largou na pole e dominou as curvas iniciais, enquanto Oliver Rowland ultrapassou Pascal Wehrlein na curva 4. Pouco depois, Wehrlein teve problemas quando a asa dianteira do carro de Mitch Evans tocou o seu pneu traseiro direito, causando um furo. Ambos precisaram ir aos boxes na volta 5, com Evans trocando sua asa dianteira.


De Vries conseguiu ultrapassar Barnard na curva 14 do traçado para assumir a terceira posição na volta 10. Isso permitiu que Guenther e Rowland aumentassem a vantagem em mais de um segundo. Na volta seguinte, Guenther cedeu a liderança para Rowland na mesma curva, visando economizar energia após liderar desde o início.


Quando o pit boost começou a ser utilizado e o acréscimo de 10% de energia mudaram a dinâmica da corrida, as coisas ficaram mais dinâmicas.

Oliver Rowland, Taylor Barnard e Nyck de Vries adotaram uma estratégia agressiva, utilizando a energia extra logo no início, enquanto Guenther optou por uma abordagem mais conservadora, reservando potência para as voltas finais.


Guenther parou na volta 16, mas perdeu posições para Barnard e Hughes. Na volta 21, Rowland assumiu a dianteira à frente de De Vries, enquanto Guenther fazia a sua ativação de Modo Ataque. Na volta 22, o alemão recuperou terreno, ultrapassando Taylor e Jake Hughes para reassumir a terceira posição.


Com menos de 10 voltas para o fim, Rowland liderava com quatro segundos de vantagem sobre De Vries, seguido por Guenther, Hughes, Barnard, Mortara, Vergne, Da Costa, Dennis e Buemi.


De Vries reduziu a diferença para Rowland para dois segundos na volta 26, quando os líderes ativaram o segundo e último Modo Ataque.


Max saltou para a segunda posição e assumiu a ofensiva contra o piloto da Nissan, registrando a volta mais rápida na volta 27 e administrando melhor a sua energia. Isso gerou uma leve vantagem para o alemão, que intensificou o ataque em cima de Oliver, o que gerou uma disputa intensa.


No momento decisivo, Maximilian conquistou uma vitória emocionante ao ultrapassar Oliver Rowland na última curva da corrida. O triunfo marcou a primeira vitória do piloto alemão pela DS Penske e também seu retorno ao lugar mais alto do pódio, algo que não acontecia desde o E-Prix de Tóquio na temporada passada. O feito também encerrou uma sequência de 17 corridas sem que um piloto pole position convertesse a posição de largada em vitória.


"Essa vitória significa tudo para mim. É minha primeira com a DS Penske e fruto de muito trabalho duro. Perdemos algumas posições após o pit stop, mas mantivemos a calma e seguimos firmes em nossa estratégia. No fim, achei que um pódio já seria um ótimo resultado, mas conseguir essa vitória é algo muito especial. Acreditei até o fim e deu certo", disse Max em entrevista pós corrida.



COMO FOI A RODADA 4


Taylor Barnard, o mais jovem pole position da Fórmula E, largou bem e manteve a liderança no início da corrida. Jake Hughes saiu forte e ultrapassou Oliver Rowland para assumir o segundo lugar, enquanto Barnard comandava o grid nas curvas 1 e 2. Logo depois, Maximilian Guenther tentou um movimento agressivo na curva 2, atingindo o Porsche de Antonio Félix da Costa e fazendo o português rodar. Ambos precisaram ir aos boxes e, no fim, não retornaram à corrida.


Na volta 6, Barnard liderava Hughes, Jean-Éric Vergne, Rowland e Dan Ticktum, que anteriormente estava em nono lugar.


Di Grassi aproveitou a sua potência extra de 50 kW ao passar pelo Modo Ataque e rapidamente chegou ao segundo lugar, ficando atrás de Barnard. O atual campeão, Pascal Wehrlein, seguiu a mesma estratégia voltas depois, conseguindo avançar até a terceira posição. Nick Cassidy também fez valer sua ativação subindo da 17ª posição para o sexto lugar na volta 10.


Na volta 16, Rowland reassumiu a liderança, abrindo dois segundos de vantagem sobre o restante do grid. Barnard reagiu e foi instruído por sua equipe a reduzir a diferença para o piloto da Nissan, enquanto se defendia de Vergne. Na volta 18, Barnard conseguiu ultrapassar Rowland e retomou a ponta.


Com as segundas ativações do Modo Ataque acontecendo, a corrida entrou em uma fase decisiva nas últimas 10 voltas. Cassidy subiu para o terceiro lugar na volta 20, após ganhar impressionantes 14 posições desde o início. Jake Dennis também avançou para o top 10 na metade da corrida e na volta 25, aproveitou a ativação final de Rowland para assumir temporariamente a liderança. No entanto, Oliver reagiu rapidamente e faltando cinco voltas para o término da prova, ultrapassou Dennis na curva 13 e recuperou o primeiro lugar.


Na última volta, Barnard fez uma ultrapassagem impressionante, deixando Vergne e Dennis para trás de uma só vez para ocupar o segundo lugar.


Jake Hughes também brilhou no final, ultrapassando Vergne e garantindo um lugar provisório no pódio. Enquanto Barnard lutava para segurar a posição contra Hughes, Rowland disparou na liderança, abrindo três segundos de vantagem e cruzou a linha de chegada para vencer a quarta rodada da temporada. Barnard manteve a segunda posição, resistindo à pressão de Hughes, que completou o pódio.


"Acho que a chave da vitória foi o começo. Caí para terceiro, o que me deixou muito feliz porque pude aproveitar ao máximo um vácuo eficiente. Então, consegui acumular porcentagem (de energia utilizável na bateria), o que me permitiu ser mais agressivo, barrar a perseguição dos demais e então usar minha energia para alcançar a lidrança novamente. Foi praticamente o cenário perfeito, para ser honesto", contou Rowland.



Com o término da rodada dupla em Jeddah, Oliver Rowland (Nissan) assumiu a liderança do campeonato de pilotos com o um total de 68 pontos, seguido por Taylor Barnard (Mclaren) com 51 pontos e António Félix da Costa (Porsche) com 39 pontos.

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