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Oliver Rowland sobre vitória no México: "Foi tudo ou nada"

Foto do escritor: Sonia CurySonia Cury

Com safety car atrapalhando estratégia e engenheiro indo para o hospital, Oliver Rowland contou como conseguiu contornar as adversidades para vencer no México



Vencedor do E-Prix da Cidade do México, Oliver Rowland comentou sobre o seu desempenho onde destacou a montanha-russa de emoções que passou no dia da prova, que começaram com a ausência de seu engenheiro de performance até situações de safety car que quase acabaram com a vantagem de seu modo ataque.


Desde a temporada passada, Rowland vem apresentando boas performances, chegando a entrar na disputa do título e quase tendo a chance de conquistá-lo, devido a toda a confusão no E-Prix de Londres de 2024, mesmo com duas corridas a menos por ter ficado de fora da rodada dupla de Portland.


Oliver fez uma boa estreia em São Paulo, até que uma série de acontecimentos fez com que o piloto saísse do primeiro lugar para finalizar a prova na 14º posição, entre elas, uma infração técnica que o tirou da liderança da prova nas primeiras voltas. Se não fosse a entrada do safety car e a penalidade sofrida, o piloto da Nissan tinha boa chances de conquistar o pódio na primeira corrida da 11ª temporada.


No México, a ativação do Modo Ataque ocorreu de maneira tardia para Rowland, que ativou os seus últimos seis minutos quando a dupla da Porsche e Jake Dennis já haviam realizado as suas ativações. Contudo, logo após ativar a potência extra, um incidente envolvendo David Beckmann e Zane Maloney, proporcionou a entrada do safety car, atrapalhando os planos de Oliver momentaneamente. Porém, a bandeira verde foi dada quando ele ainda tinha pouco mais de 1 minuto de Modo Ataque para usar, o que foi crucial para que pudesse ir para cima dos carros que estavam na zona de pódio.


"Eu ainda tinha 80 segundos (de Modo Ataque) restantes e eu estava confiante de que podia ultrapassar o Jake Dennis na curva 1. Eu não tive tempo de raciocionar, assim que o safety car saiu, eu simplesmente agi por instinto", disse.


Em relação a dupla da Porsche, Rowland trocou algumas palavras no rádio com a equipe antes de tomar alguma atitude. Como Wehrlein e Da Costa são da mesma equipe, ele sabia que tinha que ultrapassar ambos de maneira rápida, caso contrário, a equipe alemã poderia ordenar que um protegesse o outro e isso impediria o avanço de Oliver para a liderança.


"Na hora que eu fui atacar o Pascal, eu me orientei pelo bico do carro para me forçar na lateral e ele acabou deixando um pouco de espaço, o que foi o suficiente para que eu pudesse avançar e ultrapassá-lo. Já no caso do António, pelo tempo disponível de Modo Ataque, eu sabia que a minha potência extra iria acabar perto da linha de chegada, então, foi meio que um tudo ou nada. Só pensei: "vou tentar" e fui pela curva do Foro Sol sem saber se conseguiria", explicou.


Rowland celebrando a vitória no E-Prix da Cidade do México

(Foto: Simon Galloway/Formula E)


Depois passar o Da Costa, ele teve que lidar com a pressão do piloto português, mas se manteve firme ao conseguir se defender com maestria das tentativas do adversário e administrou bem o restante de energia que tinha na reta final da corrida.


"Faz tempo que eu vou ao México, mas nunca tive sorte. Sempre quis vencer lá diante dos fãs fantásticos e calorosos. Algo assim só acontece uma, duas vezes no máximo na vida. Poder vencer na Fórmula E diante daquela multidão é muito emocionante", compartilhou o piloto.


Oliver se encontra em um momento completamente diferente de onde estava há dois anos. A mudança de ambiente e o tempo que passou sem correr em 2023 - quando deixou a Mahindra antes da temporada acabar - foi importante para que ele pudesse se encontrar e voltar renovado para a temporada de 2024, onde entregou resultados que há anos não conseguia atingir.


Correr voltou a ser algo empolgante, ele recuperou o brilho no olhar e a confiança da Nissan em seu potencial foi um fator determinante para essa nova fase que Rowland vive na carreira. A confiança se reflete para dentro de pista, colocando o britânico no radar dos outros competidores.


Na Cidade do México, além de lidar com a pressão da corrida, Oliver também estava diante de uma situação nova, que foi a ausência de seu engenheiro de performance,  Asier Sebastien Galardi, que passou mal horas antes da corrida e teve que ser levado ao hospital.


Mais tarde descobriu-se que Galardi teve apendicite e enquanto Rowland disputava as últimas voltas da corrida para garantir a vitória, ele estava sendo submetido a uma cirurgia.


"Ele sempre faz um trabalho incrível. Quando tudo aconteceu, antes de ir para o hospital ele ainda apareceu na garagem para avisar a equipe que tinha mudado uma coisa ou outra na estratégia para a corrida. Por isso, foi um resultado dedicado a ele e é um dos momentos que nós todos da equipe jamais vamos esquecer", disse.


Após vencer a corrida, Oliver Rowland foi até o hospital visitar o seu engenheiro e fez uma publicação em seu Instagram desejando uma boa recuperação a ele.


"Fique bem logo. Essa manhã eu fiquem sem o meu engenheiro de performance, porque ele precisou fazer uma cirurgia em seu apêndice. Ele nos deixou preparados, mesmo assim. Boa recuperação, cara!", escreveu o piloto.

Oliver e Asier reunidos no hospital (Foto: Oliver Rowland)


Com o resultado obtido no México, Rowland se encontra em segundo lugar no campeonato de pilotos com 25 pontos, enquanto que António Félix da Costa lidera com 37 pontos.

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