O retorno do Pit Stop da Fórmula E está cada vez mais próximo
Chamado de pit boost, o pit stop de recarga rápida nos carros da Fórmula E está quase em sua fase final e uma sessão de teste especial deve acontecer em São Paulo
Uma curta sessão focada apenas na realização de pit stop deve acontecer na sexta-feira, 6 de dezembro, no Sambódromo do Anhembi, um dia antes da corrida de abertura da temporada no E-Prix de São Paulo.
Esse teste já tinha acontecido durante a pré-temporada em Jarama, mas como as atividades de sexta não contam com a presença do público geral, a Fórmula E quer aproveitar o tempo de pista disponível para seguir avaliando a nova tecnologia que vem sendo desenvolvida há algum tempo.
Anteriormente chamado de Attack Charge, o Pit Boost - novo nome - tem como objetivo proporcionar uma recarga rápida nos carros da categoria elétrica, fazendo assim com que o pit stop aconteça, algo que não vemos desde o final do Gen 1, quando os pilotos faziam a parada obrigatória para trocar de carro.
Apesar de em Jarama, a recarga rápida ter gerado problemas para o carro de Norman Nato (Nissan) e para a dupla da DS Penske, os pilotos parecem estar bem mais otimistas com o projeto, assim como a própria Fórmula E não parece ter pressa de incluir a novidade em alguma corrida oficial do calendário de 2025.
O que está sendo feito agora são ajustes e otimizações, portanto, o Pit Boost só será inserido quando os testes fluírem sem problemas. Enquanto isso, a FE deverá aproveitar todas as oportunidades que tiver para realizar testes nas etapas.
Sessão realizada durante a pré-temporada
em Jarama, Espanha (Foto: © Formula E)
Em relação a sessão no Sambódromo do Anhembi, a ideia é que o grid seja dividido em dois grupos e cada grupo terá uma sessão de sete minutos para completar um mini plano de corrida. O carro funcionará com uma potência limitada em 300 kW e a ideia é que seja realizado uma out-lap (volta de saída, que acontece na largada/saída do pit lane), uma in-lap (volta controlada realizada antes de entrar no pit lane), a parada no pit lane para a realização do pit boost (definida na potência normal de 600 kW), mais uma out-lap e depois uma volta cronometrada antes de retornar para os boxes.
"Todos nós temos pouca experiencia com o uso do pit boost. A principal prioridade até agora era apenas ter clareza sobre se é tecnicamente possível fazer isso. Temos limitações pela tecnologia disponível, mas os avanços dados são ótimos", disse Dorian Boisdron, diretor da equipe Nissan.
Mesmo com os problemas enfrentados por Vergne e Günther em Jarama, o diretor técnico da DS Penske, Phil Charles, disse que a simulação de corrida com pit stop foi positiva, ainda mais por ter sido a primeira simulação completa.
"Em termos de hardware, considerando que foi a primeira vez que fizemos um pit stop com vários carros somado ao fator de ter que reunir todos no pit lane ao mesmo tempo, acho que fizemos um trabalho decente. Era um pit lane bem largo, então, tinha espaço para liberar os carros sem causar problemas", comentou Charles.
O fator "espaço disponível" conta muito para a realização do pit stop em uma corrida, por isso, que a atividade encontra mais dificuldade para ser inserida em alguns circuitos de rua. Por esta razão, surgiu a ideia de fazer uma sessão curta em São Paulo, dividindo o grid em dois grupos. Já autódromos como na Cidade do México e Jeddah, possibilitam que uma corrida com pit stop possa ocorrer sem grandes problemas.
O objetivo da FIA e da Fórmula E é que o Pit Boost aconteça nas etapas de rodada dupla - Jeddah, Tóquio, Mônaco, Xangai, Berlim e Londres -, desse modo, em um dos dias a corrida não terá pit stop e no outro terá pit stop. A inserção de recarga rápida não muda em nada o Modo Ataque, que será mantido normalmente em todas as etapas realizadas.
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