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Citroën assume vaga da Maserati no grid da Fórmula E

Atualizado: 16 de set.

Substituta da Maserati, equipe francesa herda estrutura da MSG e deve contar com Nick Cassidy e Jean-Éric Vergne como pilotos titulares


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A Stellantis confirmou a estreia oficial da Citroën na Fórmula E, a marca francesa substituirá a Maserati já a partir da temporada 2025-2026, marcando o retorno da Citroën a um campeonato mundial após sua saída do WRC em 2019.


Embora a formação de pilotos ainda não tenha sido oficializada, tudo indica que a Citroën contará com Nick Cassidy e Jean-Éric Vergne, que devem ser confirmados no E-Prix de São Paulo, em dezembro, formando uma das duplas mais fortes do grid.


A nova empreitada resgata a tradição esportiva da Citroën, lembrada principalmente pelos nove títulos conquistados com Sébastien Loeb no Mundial de Rali. A marca também brilhou em outras frentes, como o WTCC, onde José María López foi tricampeão entre 2014 e 2016, além de vitórias no Dakar e no rallycross.


Agora, a marca retorna ao mundo dos carros de corrida de rodas abertas com a justificativa alinhada à estratégia da Stellantis: toda a linha Citroën atual possui modelos elétricos ou híbridos, como o recém-lançado C5 Aircross.


A Citröen assume o lugar da Maserati, que durou apenas três temporadas. Apesar de vitórias conquistadas com Maximilian Günther (2023 e 2024) e Stoffel Vandoorne (2025), o projeto nunca pareceu plenamente integrado.


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Citroën competindo no rally como campeã mundial (Foto: WRC)


Questões comerciais e estruturais complicaram a relação da equipe tridente com a MSG desde o início. O modelo de negócio trouxe pouco envolvimento direto da Maserati e deixou a equipe em situação financeira frágil. A tentativa de aquisição da operação fracassou, e em determinado momento o controle chegou a ser devolvido à promotora da categoria, a Formula E Operations.


A Stellantis, então, optou por reposicionar a equipe com a Citroën, buscando estabilidade até a transição para a era Gen4 em 2026.


Na prática, a Citroën herdará o mesmo conjunto técnico da DS Penske e a estrutura da MSG. Com Cassidy e Vergne como pilotos, a equipe ganha uma das duplas mais respeitadas da categoria.


Ainda assim, especialistas apontam que a Citroën enfrentará limitações em relação às equipes de fábrica mais consolidadas. A MSG tem menos recursos de engenharia e deve mover a sua base, que hoje é em Mônaco, para Satory, no centro de desenvolvimento da Stellantis.


O verdadeiro potencial da equipe deve se revelar apenas na era Gen4, quando Cassidy e Vergne terão papel fundamental no desenvolvimento do novo carro. Até lá, a meta será consolidar a operação e preparar terreno para voltar a lutar por títulos.

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