Sérgio Sette Câmara comenta sobre correr com a Fórmula E no Brasil e a vida em uma equipe nova
Sérgio elogiou o bom ambiente de trabalho da NIO e destacou a importância de correr em casa: “Tem um valor sentimental e eu quero ir bem.”
Durante ação de visita técnica da Fórmula E no Sambódromo do Anhembi, realizada na última terça-feira (7), o Entre Fórmulas teve a oportunidade de entrevistar o piloto Lucas Di Grassi (Mahindra) e o piloto Sérgio Sette Câmara (NIO).
Após a coletiva de imprensa realizada em um dos salões do sambódromo com Ricardo Nunes (prefeito de São Paulo) e Alvaro Buenaventura (diretor da Fórmula E na América Latina), o Entre Fórmulas bateu um breve papo com o Sérgio Sette Câmara, onde foi falado sobre o seu desempenho nas últimas corridas, como foi migrar para uma equipe nova e as expectativas para a primeira corrida da categoria elétrica em São Paulo.
Sérgio começou contando sobre as dificuldades que teve com o carro e a pista na África do Sul e como isso atrapalhou o seu desempenho.
“A diferença principal foi o circuito”, disse Sérgio se referindo ao traçado da Cidade do Cabo em comparação com Hyderabad. “É um circuito com muita frenagem em curva e com muitas oscilações. Eu tive dificuldade de me adaptar a esse tipo de curva com os novos sistemas do novo carro. É um tipo de curva que eu não tinha problema nenhum no ano passado, no Gen2. Mas com o carro do Gen3, os sistemas ficavam interferindo durante a frenagem e eu não sabia bem o que fazer com a minha pilotagem e acabei me perdendo.”
Depois de muitas corridas seguidas, a Fórmula E conseguiu ter um período de pausa de quase um mês entre a corrida da Cidade do Cabo e São Paulo, algo muito benéfico para as equipes poderem estudar com mais calma os dados obtidos e fazerem os ajustes necessários.
Para Sérgio, essas semanas serão muito importantes para focarem em um trabalho de evolução dos carros e não somente na manutenção.
“Agora a gente tem tempo para respirar. A equipe está trabalhando e tentando alterar os sistemas. E eu vou ter mais tempo para fazer mais sessões de simulador antes da etapa aqui de São Paulo”, contou.
O mineiro também falou sobre a experiência de chegar em uma equipe nova, já que antes da NIO, ele era o piloto que costumava ter novos companheiros na equipe na Dragon e não o contrário.
Sérgio comparou a nova fase como uma mudança de empresa, onde você acaba passando por esse período da adaptação até encaixar com todos os procedimentos e a forma de trabalhar do time.
“Na Dragon eu tive vários companheiros de equipe passando por lá. Sempre era em uma situação em que eu estava lá e outro piloto vinha. É muito mais fácil quando você está na sua casa, conhece todo mundo e vem um piloto novo. Então, agora eu estou vivendo o outro lado da moeda. Eu indo na casa de outro piloto e estaria mentindo se eu não dissesse que é mais desafiador. Mas a equipe está me recepcionando muito bem, estão me dando atenção e oportunidade de crescer junto com eles”, explicou Sette Câmara.
Com a corrida em São Paulo marcando a primeira vez da categoria no Brasil, Sérgio falou sobre a sensação de poder correr em casa e que mesmo sendo impossível prever qualquer tipo de resultado, ele considera a etapa como a mais importante do calendário.
“Essa é uma pista que a gente nunca correu e eu não sei se vou me adaptar bem, se o carro vai ser bom ou ruim aqui, mas eu espero que seja uma corrida que eu tenha um resultado forte. Todas as corridas tem o mesmo número de pontos, então, essa corrida é tão importante como qualquer outra, mas para mim tem um valor sentimental correr em casa e eu quero ir bem”, finalizou o piloto.
Você pode conferir a entrevista completa com o piloto da NIO em nosso canal no Youtube.
Comments